sexta-feira, 7 de março de 2008

EU NÃO!

Recuso-me!
Não alimento ódios para resolver amores!
Eu não!

Recuso-me a respirar podridões sociais
A viver refém da vida de alguém.
Eu não!

Recuso-me a digerir o que me empurram pela boca…
Quero mastigar, porra!
Quero sofrer, para dizer que vivi.
Eu não!
Eu não tapo os viveres com as vísceras de um inerte!

Que se lixem os canibais emocionais,
Comem-se uns aos outros como vermes.
Eu não!
Eu não me deixo corroer.
Recuso-me!

Quero mergulhar intimamente em mim!
Afogar-me no Eu Profundo…
Ficar por lá.
E depois, muito depois…
Emergir renascido, sem ter perdido a recusa.

JP