quinta-feira, 27 de março de 2008

UM DIA

Foi um dia, como outro qualquer… A diferença está no facto de ter sido o dia em que a Mãe se fez pedra.
Indumentária por ela separada, gente por ela escolhida. Um desejo esquecido por quem a chora… Nós.

Queria despedir-se com o timbre da Amália, não foi.

Partilhou, em frágeis desabafos, a flor de eleição: O Cravo Vermelho (não será preciso justificar).

No tropeçar da noite chega um anjo…

Olhou,
Chorou,
Lembrou,
Tremeu,
Morreu,
Ressuscitou,
Fez-se menino,
Cresceu…

… e pousou no peito da Cina, um Cravo Sangue, que ainda hoje respira…

Para uma Papoila da mesma cor,
Que vive no Deserto.

JP