sexta-feira, 25 de abril de 2008

DESCULPA

Chega de gente nas ruas. Chega de olhares vazios condenados ao horário.
Agora paro o tempo que for necessário para que o estranho se apresente…
É a avidez do “Quem és tu?”.
Afigurem-se, vá!
São cada vez mais. Nascem como cogumelos…
Afirmam-se na ausência que não me comove.
Para sentir há que me sentir, de facto. Há que me tocar.
Não me espiem! Abordem-me.

A presença envergonhada mata a disponibilidade.
Não tenho paciência, desculpa...

JP