segunda-feira, 12 de maio de 2008

PARABÉNS, MATRIARCA!

… Uma salva de palmas!!
Levanto-me para te aplaudir, levantam-se aqueles que conheces, rendem-se os que te conhecem… Já estavam de pé os que te agradecem.

Fazes-nos falta, a todos.

Vejo, como tu em menina, os lobos que, de repente, já não são lobos, são leões e tigres como nos contos…

Estes são os olhos por ti paridos, que brilham na esquina escura, palpando no vazio… assoberbando na clareza.

O que te irritava enerva-me a dobrar. Assim te evoco permanentemente. Assim me acompanhas, balizando os princípios de ti recebidos, acautelando os fins oferecidos à vida que tantas vezes é loba em episódios de sobra…
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O azul, por ti em aguarela pintado, desbota à velocidade da lágrima... Do céu caem relâmpagos, por vezes...
Sim, eu sei que me relembras regularmente a conduta... Mas quero o céu limpo de tormentos.
Quero seguir sólido, qual quimera de prata em busca do ouro…
Egocentrismo? Não… És só tu em forma de vento, a acariciar-me o cabelo.

Vou, pelo pólen que nos move comovendo, continuar a acreditar que é possível.
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Mantém-te à frente, iluminando-me o caminho com a saudade que te choro...
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Parabéns, Mamã!

JP