segunda-feira, 23 de junho de 2008

SOL

No vale da história
Afloras-te à superfície
Vens dourada de luz
E cegas-me o caminho

Arde-me a pele enxugada pelo sol
Seca o chão gretado e gasto
É nele que me deito

Plano macio e terno
Elevo-te em mim amarrada
Subimos ao sol de almas ligadas
Derretem-se as asas
Na queda outras renascem

Fica em mim colada
Assim dourada
Ilumina a viagem sem destino perto
Ardemos no frio do vento que passa
Apertamos nas mãos amor firme

Pára o vento
Pára a queda do sol
Como nuvem branda e branca
Ficamos embalados em nós
Leves e firmes como o sopro

JP