segunda-feira, 5 de maio de 2008

AFECTO

Queria muito que dissesses Sim, para ter o prazer de te dizer que Não…
A negação feita justiça em forma de encontro.
Eu explico:
Era uma vez Um e Um. Na vertigem surgiram Dois, em surdina fomos três, ou quatro…
No meio do malabarismo emocional de Um, um de nós caiu. BUM!
Agora o tombado já não é Um, é Dois… É Ele e Eu.
Pluralizamos o afecto, recebemos a mentira conveniente feita verdade, como filtro vital do incerto que te inquieta.

A meio da noite, de uma noite… Deixei-me agarrar.
“Olá, mentira. Vens-me aclarar? Deixa lá. Antes tu de traje, que a tal da verdade nua…”

É só um pesadelo, como tantos outros sonhos.

JP