terça-feira, 15 de julho de 2008

ALTO

Gritem, vá!
Alto.
Mais alto!
Projectem no grito, sangue contra a parede.
Não parem até que derrube.
Há-de ceder.
Sinto.
Olhem a brecha que cresce…
Vejam a abertura que nasce para celebrar a liberdade.

Melhor que saltar o muro, é transpô-lo por nós vergado.
Cai de vergonha.
Derretem-se os alicerces armados,
Vencidos pela poesia desafectada.
Vem de manso o derradeiro tiro de lá.
Sem colete o recebemos, pela certeza de ser indolor…
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Vivam todos aqueles que leram alto!
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JP