domingo, 13 de julho de 2008

Desta vida, cedo morro.
Quero que as cinzas de mim queimadas
Ardam sem fumo nem fogo no ar.
Que ondulem em forma de vento
Por ti largadas, em rede de mãos cedidas

Quero, em sufoco, respirar-te em vida.
Tocar-te em língua a paixão.
E depois sim. Aí sim!
Depois, que venha a puta da cinza,
Desfazer em pó de fim
A pedra que marca o começo...

No dia em que for pó,
Que seja este o verbo que me leva.

JP